PAULO E SUA PREOCUPAÇÃO COM TIMÓTEO.

* Relacionamento paternal e familiar: Paulo trata Timóteo, repetidas vezes, como filho (1Tm 1.2, 18 e 2 Tm 1.2; 2.1). Hoje, parece que carecemos tanto de pais espirituais como de filhos. A desestruturação e o desajuste familiar na atual geração é terrível. Precisamos muito de pessoas que saibam gerar filhos espirituais.

 * Amor: Vale a pena destacar como Paulo se referia a Timóteo: “meu amado filho” (v. 2). Palavras semelhantes foram ditas pelo Pai após o batismo de JESUS: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mt 3.17). As Escrituras trazem mais oito frases similares com referência a JESUS, o que mostra quão fundamental isso foi para a vida e a identidade de CRISTO (v. Is 42.1; Mt 12.18, 17.5; Mc 1.11, 9.7; Lc 3.22, 9.35 e 2Pe 1.17). Quantos líderes e pastores não estão convictos de que são realmente amados, aceitos pelo Pai celeste ou por um mestre ou discipulador ou pai espiritual aqui na terra.
 * Intercessão: a ligação profunda entre Paulo e Timóteo transparecia no relacionamento de Paulo com DEUS. O apóstolo lembrava-se de Timóteo constantemente, dia e noite (v. 3). Que privilégio contar com um mestre ou discipulador intercessor!
 * Intimidade: Timóteo tinha liberdade de chorar com Paulo, e este não se envergonhava disso (v. 4). Na verdade o próprio Paulo também sabia ser transparente e compartilhar emoções profundas que também o levavam às lágrimas. Dirigindo-se aos anciãos de Éfeso, a igreja que mais tarde Timóteo supervisionaria, Paulo afirmou que serviu “ao Senhor com toda a humildade e com lágrimas” (At 20.19); instou-os a cuidarem de si mesmos e a vigiarem, lembrando-lhes “que durante três anos jamais [cessara] de advertir cada um [deles] disso, noite e dia, com lágrimas” (At 20.31). Não devemos nos surpreender de que nessa despedida “todos choraram muito, e, abraçando-o, o beijavam” (At 20.37). O verdadeiro mestre ou discipulador não só deixa seu coração transparecer, a ponto das lágrimas fazerem parte de sua vida e de seu ministério comum, como encoraja seus seguidores a fazerem o mesmo.
 * Saudade e alegria (v. 4): Paulo, afinal, possuía um lado afetivo e sabia expressá-lo. Desenvolveu uma ligação afetiva com seu discípulo ou aprendiz. Alegrava-se com seu discípulo ou aprendiz e realmente buscava oportunidades de compartilhamento (veja 2 Tm 4.9). Mais uma vez a alegria de Paulo reflete a alegria do Pai no Filho quando diz: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (grifo do autor).
 * Reafirmação do que é bom (v. 5): Paulo citava qualidades de Timóteo e das boas experiências que compartilharam. Não insistia sempre em que seu discípulo ou aprendiz precisava melhorar, mas comunicava um profundo sentimento de aceitação.
 * Exortação (v. 6): Paulo não só reafirmava claramente seu amor, sua aceitação e alegria, mas também sabia como desafiar seu discípulo ou aprendiz para o crescimento.
 * Ministração: mais que uma vez Paulo impõe as mãos sobre Timóteo (v. 6) e, em oração, vê o ESPÍRITO SANTO agir de forma sobrenatural na vida deste (v. 1Tm 4.14). O poder e a graça de DEUS fluíam de Paulo para Timóteo.
 * Discernimento das necessidades do discípulo ou aprendiz: Paulo sabia que Timóteo sofria dificuldades por causa da timidez ou do medo, por isso ministrava-lhe diretamente a respeito (v. 7) com palavras que encorajaram milhares de outros Timóteos através dos anos.
* Desejo de manter o discípulo ou aprendiz junto a si: Timóteo foi chamado a participar da vida de Paulo e a segui-lo de perto (2 Tm 3.10,11, 4.9), até em seus sofrimentos (2 Tm 1.8). Paulo não escondia de Timóteo a realidade nem o fato de que a vida cristã apresentava desafios e dificuldades. Também não o deixou enfrentá-los sozinho. O mestre ou discipulador se parece ao Paracletos (ES), que se aproxima de nós e nos chama para junto de si.
* Exemplo (v. 13): Paulo mostrou a Timóteo como ensinar e viver (2 Tm 3.10,11), não como um ser perfeito, mas como alguém que permanecia em constante crescimento rumo à perfeição (Fp 3.11-14).
* Reafirmação do chamado do discípulo ou aprendiz: Paulo lembrou Timóteo de manter viva a chama do
dom de DEUS que estava nele (v. 6) e ainda estímulou-o a guardar o que lhe foi confiado ou depositado (v. 14).
* Compartilhamento de dificuldades: o mestre ou discipulador não se vale de máscaras para levar o discípulo ou aprendiz a crer que tudo está sempre bem (v. 15). Em vez disso, compartilha suas dores, suas decepções e sua solidão (2 Tm 4.9-16).
 * Discipulado: o estilo de ensino de Paulo, ao contrário do professor, não se baseia em conteúdo e em programas, mas no que flui do coração de um pai para um filho espiritual (2 Tm 1,2; 2.1,2). Paulo repassa vida, a sua e a de CRISTO, demonstrando as verdades que queria que Timóteo aprendesse através de como vivia e como se relacionava com ele (2 Tm 2.3-17)
. * Orientação do discípulo ou aprendiz no pensamento estratégico: Paulo desafia Timóteo a reproduzir o que recebeu dele. Mais que isso. Desafia-o a multiplicar-se através de escolher as pessoas certas para que estas, por sua vez, ensinem a outros o que receberam (2 Tm 2.2).

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