Olá! caro leitor seja muito bem vindo ao Encontro com as Escrituras.no estudo de hoje falaremos sobre o Tema "João,O Pregador das Ruas".
Entre os
capítulos 2 e 3 de Mateus, passaram- se cerca de trinta anos, durante os
quais Jesus
viveu em Nazaré e trabalhou como carpinteiro (Mt 13:55; Mc 6:3).
Chegou enfim, o dia de começar o ministério público que culminaria na cruz.
suas qualificações
para ser Rei
ainda eram válidas? Havia
ocorrido algo
nesse tempo que pudesse
desqualificá-io?
Nos capítulos 2 e 3, Mateus
reúne os
depoimentos de cinco testemunhas
quanto à pessoa
de Jesus Cristo, afirmando
que ele é o
Filho de Deus e o Rei.
1. JOÃO BATISTA ( M T 3:1-15)
A nação havia
passado mais de quatrocentos
anos sem ouvir a voz de um profeta.
Então, aparece
João, iniciando um grande
reavivamento.João
o batista veio de uma família
piedosa,formada pelo sumo sacerdote Zacarias e Izabel, sua esposa.Seu pai era
“da ordem de Abias”e sua mãe “das filhas de Arão”(Lc1.5). Consideremos quatro
fatos
sobre João Batista.
Sua
mensagem (vv. 1, 2, 7-10).
Quais eram as características de
sua mensagem?
(1) Denunciava intrepidamente o
mal em qualquer lugar que o encontrasse. Se o rei Herodes pecava, contraindo um
casamento ilegal e pecaminoso, João o reprovava. Se os saduceus e os fariseus, dirigentes da ortodoxia
religiosa daquela época, estavam afundados em um formalismo ritualista, João
não duvidava em dizer-lhe diretamente. Se as pessoas comuns viviam afastados de Deus, João o jogava na cara. Em qualquer
lugar que João visse o mal no Estado, na Igreja, na multidão intrepidamente,
ele o denunciava. Era como uma luz acesa em algum lugar escuro: era como um
vento de Deus que varria todo o país.
(2) Convocava os homens à
justiça, e o fazia com um profundo sentimento de urgência. A mensagem do João
não era uma mera denúncia negativa. Era uma apresentação positiva das exigências
morais de Deus. Não somente denunciava a conduta dos homens, pelo que tinham
feito, mas sim os convocava a fazer o que deviam fazer. Não somente os
condenava pelo que eram, mas sim os desafiava a ser o que deviam ser. Era como
uma voz que chamava os homens às coisas mais elevadas. Não se limitava à
condenação do mal, mas sim punha diante dos homens o bem. É possível que a
Igreja tenha passado por momentos
nos quais
ficou preocupada principalmente em dizer aos homens quais eram as coisas que
não deviam fazer, descuidando sua missão de colocar ante eles os mais altos
ideais cristãos.
(3) João vinha de Deus. Sua
procedência era o deserto. Achegou-se aos homens só depois de ter passado anos
de preparação sob a orientação de
Deus.." Veio com uma mensagem da parte de Deus e não com uma opinião
pessoal dele. Antes de falar com os homens tinha passado muito tempo em
companhia de Deus. O pregador, o docente que fala com voz profética, sempre é
aquele que vem à presença dos homens, vindo da presença de Deus.
(1) (4) João apontava para além de si
mesmo. Não somente era uma luz que iluminava o mal, uma voz que reprovava o
pecado, mas além disso, um sinal
indicador do caminho para Deus. Não desejava que os homens se fixassem nele,
seu objetivo era prepará-los para Aquele que havia de vir. Uma das crenças
judias da época era que Elias voltaria antes da vinda do Messias, e que seria o
arauto do Rei que viria. "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes
que venha o grande e terrível Dia do SENHOR" (Malaquias 4:5). João usava
um vestido de pele de camelo e se cingia com um cinturão de couro. Este traje
reproduz exatamente o que se descreve como a roupa de Elias em 2 Reis 1:8.
Mateus o relaciona com uma profecia de Isaías (Isaías 40:3).
A pregação de
João concentrava-se no arrependimento e no reino dos céus.
A palavra;
arrepender
significa
"mudar a forma de pensar
e agir de
acordo com essa mudança".
João não se
contentava com remorso ou
pesar. Desejava
ver "frutos dignos de arrependimento"(Mt 3:8). Era preciso provas de que
a vida e a forma de pensar do indivíduo
haviam sido
transformadas Gente de todo tipo ia ouvir João pregar
e vê-lo
realizar os batismos. Muitos publicanos e pecadores o procuraram
com sincera
humildade(Mt21:31,32),mas os líderes religiosos recusaram
sujeitar-se a
sua pregação.
Consideravam-se
bons o bastante para agradar a Deus.
No entanto João
os chamava de “raça de víboras”.
Jesus usou a mesma
linguagem ao tratar dessa gente que
se julgava tão
virtuosa (Mt 12:34; 23:33; Jo8:44).
Os fariseus
eram os tradicionalistas de seu tempo, enquanto os saduceus eram mais liberais
(ver At 23:6-9). Os saduceus abastados controlavam os "negócios do
templo",
o comércio que
Jesus removeu daquele lugar de oração.
Os fariseus e
saduceus disputavam. entre si o controle de Israel, mas Uniram forças para se
oporem a Jesus Cristo.
João proclamava
uma mensagem de julgamento.
Israel havia
pecado e precisava arrepender-se, e cabia aos líderes Religiosos dar o exemplo
ao restante do povo. O machado
estava posto à
raiz da árvore, e se esta (Israel) não desse bons frutos, seria cortada(ver Lc
13:6-10). Se a nação se arrependesse, o caminho estaria preparado para a vinda
do Messias.
Sua
autoridade (w. 3, 4). João cumpriu a profecia dada em Isaías 40:3.
Em termos
espirituais,
João foi o "espírito e poder de
Elias" (Lc
1:16,17). Até se vestia como Elias
e pregava a
mesma mensagem de julgamento
(2 Rs 1:8).Isso,porém
não deve levar ninguém a pensar que João era Elias
reencarnado por duas razões básicas; Elias foi arrebatado vivo para o
céu,portanto,não morreu(2Rs2.11). Além disso,reencarnação é algo que não existe
e nem é permitido por Deus(2Sm12.23;Sl78.39;Hb9.27).
João foi o último dos profetas
do Antigo
Testamento (Lc 16:16) e o maior
de todos (Mt
11:7-15; ver 1 7:9-13).
Seu
batismo (vv. 5, 6, 11, 12). Os judeus
batizavam
gentios convertidos, mas João estava batizando judeus! O batismo não era algo
que João havia inventado ou
tomado
emprestado de alguma outra religião,
antes, era
realizado com autoridade
Era um batismo do
céu (Mt 21:23-27). de
arrependimento,
que
antevia a
chegada do
Messias (At
19:1-7) e que cumpriu dois propósitos:
preparou a
nação para Cristo e apresentou
Cristo à nação
(Jo 1:31).
Mas João
mencionou outros dois batismos:
um batismo do
Espírito e um batismo
de fogo (Mt
3:11). O batismo com o Espírito veio
em Pentecostes
(At 1:5;)
Hoje,
sempre que um
pecador crê em Cristo, é
nascido de novo
e batizado no mesmo instante
pelo Espírito
Santo.vale apena salientar que o batismo pelo Espírito não é o mesmo batismo
citado em Atos1.5.
O batismo de
fogo, por outro
lado, refere-se ao julgamento futuro, como
Mateus explica (Mt
3:12);Na Sua primeira vinda ,CRISTO batizou com o Espírito.Porém,quando vier
novamente,Ele batizará com fogo todas as pessoas que o rejeitaram.
Sua
obediência (w. 13-15). Jesus não foi
Batizado por ser um pecador arrependido.
Até mesmo João
tentou detê-lo, mas Jesus
Sabia que essa era a vontade do Pai. Por que
Jesus foi
batizado?
(1) Um escritor muito antigo sugeriu que
Jesus se batizou somente para agradar a sua mãe e a seus irmãos, e que foi por
eles e seus constantes pedidos que se sentiu virtualmente obrigado a ir a João. O Evangelho aos Hebreus, uma narração do tipo dos
evangelhos, muito antiga, que não chegou a incluir-se no Novo Testamento, tem
uma passagem que diz: “Eis que a mãe de nosso Senhor e seus irmãos lhe
disseram: ‘João batiza para o perdão dos pecados, vamos para que nos batize’.
Mas Jesus lhes respondeu: ‘Que pecados cometi para ir e ser batizados por que ele? A não ser
que estas palavras que estou dizendo sejam um engano fruto de minha ignorância.
Em primeiro
lugar, seu
Batismo foi uma forma de aprovar o ministério de João.
Em segundo
lugar,mediante o batismo,Cristo identificou-se com
Publicanos e
pecadores, as pessoas que veio salvar.
Mas, acima de
tudo, foi um retrato do futuro batismo na cruz (Mt 20:22; Lc 12:50) no qual seria
coberto por todas as "ondas e vagas" do julgamento de Deus (SI 42:7;
Jn 2:3).
O batismo de
Jesus foi único,pois Ele não tinha pecado algum do que se arrepender
Assim, João
Batista testemunhou que Jesus Cristo é o Filho de Deus e, também, o Cordeiro de
Deus (Jo 1:29), e seu testemunho
levou muitos pecadores
a crer em Jesus Cristo. (Jo 10:39-42).
João continua sendo um
exemplo de coragem e humildade que devemos seguir.Essa voz no deserto precisa
ser mantida contra o pecado e contra a corrupção.
Att. Jocemar Porto.